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TB - Relações virtuais

Page history last edited by CLARISSA 14 years, 10 months ago

Identidade Virtual

 
Grupo:

Clarissa Bocklage

Júlio Almeida

Letícia Farias

Moara Hoppe

 

Certezas Provisórias Dúvidas Temporárias

Adolescentes "adoram" mundo virtual 

O que atrai no mundo virtual?

As tecnologias são empregadas como ferramentas para acesso e construção nos mundos virtuais.

Adolescentes preferem relacionamentos "reais" ou virtuais? Por quê?

 Adolescentes "adoram" relações virtuais

O que são as relações virtuais?

 

Adolescentes preferem relacionamentos "reais" ou virtuais? Por quê?
 

Até que ponto é saudável?

A maioria dos adolescentes utiliza Orkut. (Orkut ou outros espaços de convivência virtual)

Até que ponto é positivo e até que ponto é negativo

Adolescentes se valem do Orkut como instrumento para a construção de uma identidade própria idealizada.

 
   

 

RELAÇÕES VIRTUAIS:

 

Identidades Virtuais X Adolescência

 

Segundo José Outeiral, um dos mais comuns erros ao se tentar entender adolescentes é fazer comparações com sua própria adolescência, pois cada geração de adolescentes é singular em suas questões.

 

Os adolescentes que estudamos:

Nascidos após a década de 90:

 

Os nascidos nesta época já cresceram em um mundo dominado pela navegação na internet e pelos sites de relacionamento como o Facebook, Orkut e MySpace.

 

O mundo deles:

 

É um mundo onde tudo se move depressa e muda o tempo todo, onde as relações são rapidamente descartadas pelo clique do mouse, onde se pode deletar o perfil que você não gosta e trocá-lo por uma identidade mais aceitável num piscar de olhos.

 

O impacto do mundo virtual nas gerações jovens

 

É possível que dêem menos valor a suas identidades reais.

 Ao acostumar-se com o rítimo alucinante dos sites de relacionamentos a vida real pode parecer chata.

 As salas de bate papo podem influenciar problemas de relacionamento como timidez.

 O anonimato e a falta de experiência sensorial das conversas nesses ambientes virtuais poderia alterar a percepção  de interatividade e criar uma visão alterada sobre a natureza dos relacionamentos.

 

Porém...

 

Não temos como medir até que ponto esses temores serão reais, sempre diante de grandes mudanças tecnológicas a tendência ver o lado negativo.

As redes oferecem contato social mais equilibrado onde raça e gênero são menos importantes e onde as hierarquias da vida real são dispersas.

 

Será que pais e escolas estão preparados para orientar adolescentes nessa nova

realidade?

 

A Neuza conheceu o Wilson através de um amigo de um amigo do Hi5. Apesar de ele só ter uma foto e poucas coisas dizer no seu perfil, ela interessou-se por ele e passado algumas mensagens trocaram de endereço de msn. A Neuza tem 14 anos e o Wilson 22 anos. Moram muito longe um do outro mas passam horas a falar no msn e a trocar sms. A Neuza sente-se completamente apaixonada. O Wilson também o diz e tem vindo a fazer pressão para que a Neuza se encontre com ele. A única condição é que seja ela a ir ter a casa dele, na terra dele. A Neuza não conhece nenhum amigo ou familiar do Wilson mas tem a perfeita consciência de que ele é o amor da vida dela. Nas férias do carnaval os pais vão estar fora, por isso ela tem uma grande dúvida: deve ou não deve ir ter com o Wilson?

Mais uma vez é só fazeres um comentário aqui já em baixo e poderás ser tu a tirar dúvidas à Neuza ou alguém que esteja na mesma situação!

 

Referências:

 

http://www.comunidadesvirtuais.pro.br/seminario2/trabalhos/camila.pdf

 

http://www.truzzi.com.br/pdf/artigo-2009-03-pais-analogicos-filhos-digitais-gisele-truzzi.pdf

 

SANTANA, Camila Lima: ADOLESCÊNCIA E MÍDIASDIGITAIS: CONSIDERAÇÕES INICIAISSOBRE CULTURA DIGITAL E EDUCAÇÃO; 2006

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RELAÇÕES VIRTUAIS:

 

PONTOS DE VISTA NEGATIVOS

 

 

Desde o início de sua difusão, de 1995 a 1997, a internet foi inicialmente percebida como um FATOR DE RUPTURA com as formas tradicionais de trabalharmos, vivermos, nos relacionarmos uns com os outros e muito mais. Havia o que se chamava de uma “mitologia” de destruição relacionada a ela, impregnada de crenças de que ela alienava, isolava, levava à depressão e a outras coisas horríveis.

Após mais de uma década, as visões sobre esse assunto se dividem. Bauman (2003/2004) tem uma visão apocalíptica das relações virtuais, definindo-os como reflexos da fragilidade das relações reais pós-modernas, em comparação com uma solidez que outrora era encontrada nos relacionamentos ditos “modernos”. Ele afirma que os relacionamentos virtuais servem de modelo para os relacionamentos reais dos dias de hoje e, por isso mesmo, tornam o mundo menos solidário, os relacionamentos mais SUPERFICIAS, as pessoas mais SOLITÁRIAS e DESCARTÁVEIS.

 

Referência: www.scielo.br/pdf/psoc/v17n2/27044.pdf

 

Mas não podemos sofrer de “TORCICOLO CULTURAL” e aceitar tudo o que nos dizem, sem fundamentação empírica e local!

 

 

Há uma série de “psicologismos”, que falam da PAIXÃO VIRTUAL, por exemplo:

 

 

A paixão virtual é um estado alterado de consciência, em que a pessoa concentra suas energias numa fantasia. (...) as pessoas apaixonam-se mais por si mesmas, pela sua capacidade de seduzir e se envolver, do que pelo outro. Não estando em contato direto com o amado, a paixão que acontece é apenas um reflexo : "eu me apaixono por estar apaixonado", "eu me apaixono por uma sensação" em oposição a "eu me apaixono por uma pessoa".

A sensação principal que leva a esse sentimento de paixão virtual é o desejo da aceitação. E essas paixões, por existirem apenas no mundo da fantasia, se tornam às vezes ainda mais fortes que nas relações reais, uma vez que só se vê no outro e só se mostra o que se quer.

 

 

INTIMIDADE "INSTANTÂNEA":

 

 

A diferença fundamental com os encontros reais é que é possível manter a imagem por mais tempo. Por outro lado, os encontros virtuais são muitas vezes tão intensos, podem ser tão ricos, que depois de alguns dias de contato entra-se geralmente numa intimidade que a maioria das pessoas não se permite nos contatos pessoais.

O fato de as pessoas não se exporem visualmente facilita ainda mais a abertura das emoções. Ao contrário dos encontros pessoais, em que a espontaneidade conta muito, nas mensagens via Internet a pessoa pode repensar suas palavras, usar citações de poesias ou elaborar o texto para surtir maior efeito. A máscara, inevitavelmente, se forma.

 

 

PERSONAGEM:

 

 

Algumas pessoas se aproveitam do anonimato para criar um personagem, ou seja, mostrar-se diferente do que é. Esse diferente nem sempre quer dizer uma mentira: muitas vezes a pessoa se mostra como gostaria de ser, mostra um lado seu reprimido. O tímido se transforma em eloqüente, o feio em galã, o velho em jovem, o gordo em elegante. Embalada pela fantasia, a pessoa vende uma imagem ideal, a qual, enquanto está travestido, chega a acreditar ser.

SERÁ QUE TUDO ISSO NÃO CONFUNDE A PERSONALIDADE DA PESSOA?

O QUE DIZER DE UM ADOLESCENTE?

 

Referência: http://www.psicoinfo.com.br/vir.shtml

 

Transtorno de Dependência a Internet – TDI

Em junho de 2000, a Psic. Luciana Nunes no evento "Psicoterapia e Internet: Uma parceria delicada.", realizado no Rio de Janeiro, apresentou em palestra o conceito de Dependência a Internet como um transtorno já reconhecido na prática clínica americana.

Quem primeiro cogitou a idéia de Dependência a Internet foi o Dr. Ivan Goldberg em 1995, no mesmo ano Dra. Kinmberly Young assume o termo como referencia de trabalho. Em 1999 Dra. Maressa Orzack fundou o serviço de dependência ao Computador no McLean Hospital em Massachusetts. Isso comprova que a dependência a Internet não é representada em casos isolados. A prática clínica da Psic. Luciana Nunes comprova que sintomas são bem distintos e claros na identificação e no diagnóstico do TDI.

Dependência a Internet é tão prejudicial quanto qualquer outro tipo de dependência, mas também tem tratamento.

 

 

A dependência à Internet também tem um comprometimento fisiológico!

Como as drogas químicas, a compulsão no uso da Internet também está relacionado à sensação de prazer físico que ela produz.

A cada download de uma foto sexualmente orientada, na interatividade num chat, no momento de abrir um e-mail esperado, no jogo virtual ou mesmo no barulho eletrizante da conexão a Internet , são produzidas no cérebro descargas elétricas entre os neurônios, induzidas por um neurotransmissor chamado dopamina.

A dopamina é uma substância que o cérebro libera normalmente quando uma pessoa faz sexo, come ou bebe. Quanto maior dopamina, maior a sensação de prazer. A dependência a Internet mantém esse mesmo padrão fisiológico, criando uma dependência naqueles pequenos momentos de prazer. O problema é que a Internet propicia uma rapidez muito grande nas atividades interativas aumentando as chances de dependência.

Mas é lógico, que nem tudo é fisiológico! Existem fatores motivacionais que pulsionam essa descarga de prazer por vias da Internet. Um fator só existe se o outro componente for potencialmente determinante.

 

 

Sintomas de Dependência a Internet

      1. Preocupação constante com a Internet quando está off line.

      2. Necessidade contínua e crescente de utilizar a Internet como forma de obter a excitação desejada.

      3. Irritabilidade quando tenta reduzir o tempo na Internet.

      4. Utilização da Internet como forma de fugir de problemas ou de aliviar sentimentos de impotência, culpa, ansiedade ou depressão.

      5. Mentir para familiares e pessoas próximas com o intuito de encobrir a extensão do envolvimento com as atividades online.

      6. Comprometimento social e profissional.

      7. Comprometimento nas articulações motoras utilizadas na digitação.

      8. Falta de interesse em atividades for a da Internet.

      9. Sensação de estar vivendo um sonho durante um período prolongado na Internet.

      10. Duração de tempo maior do que 6 meses.

      11. O período de utilização compulsiva da Internet não seja caracterizado por um episódio de mania.

 

Referência: http://www.psicoinfo.com.br/depo.shtml

 

UM POUCO SOBRE TECNOSTRESS:

Fragmento de entrevista dada a Veja:

 

 

      Veja - De que maneira a tecnologia afeta o comportamento das pessoas?

      Larry Rosen - A velocidade da tecnologia está alterando nosso relógio biológico. As pessoas querem fazer tudo na velocidade do computador, querem que tudo se resolva num piscar de olhos. A conseqüência é que elas estão se programando para correr cada vez mais. Estão vivendo um constante estado de alerta. E isso gera nervosismo, ansiedade. O elevador demora e as pessoas já se irritam. A tecnologia está invadindo nossos limites por todos os lados. As pessoas estão mais impacientes do que nunca. Você começa a ver isso nas crianças.

 

 

 

      Veja - Como assim?

      Rosen - Pesquisas feitas com essa geração de crianças criadas com o computador mostram que o limite de paciência delas é muito baixo. Elas não suportam nada que não se resolva imediatamente. O resultado é que estão apresentando cada vez mais problemas na escola, que definitivamente não é um universo multimídia. Pela sua própria natureza, a escola vira um tédio para essas crianças. Elas não conseguem prestar atenção às aulas, participar de reuniões, e se irritam com qualquer atividade demorada. A tecnologia está mudando nossa percepção de tempo. E ela nunca ocupou tanto espaço em nossas vidas. A questão é que ainda não aprendemos a usá-la de maneira adequada. Veja o grande paradoxo: os avanços que teoricamente vieram para agilizar as nossas tarefas e nos proporcionar mais tempo livre acabaram nos ocupando cada vez mais.

 

Referência: http://www.saa.com.br/quadro/ponto/Teccansa.htm

 

A geração de usuários da internet nascida depois de 1990 – década da popularização da rede – pode estar crescendo com uma visão perigosa a respeito do mundo e da sua própria identidade, sugere um psicanalista inglês.

Segundo Himanshu Tyagi, a principal causa deste problema seria o fato de que os nascidos nesta época já cresceram em um mundo dominado pela navegação na internet e pelos sites de relacionamento como o Facebook, Orkut e MySpace.

“É um mundo onde tudo se move depressa e muda o tempo todo, onde as relações são rapidamente descartadas pelo clique do mouse, onde se pode deletar o perfil que você não gosta e trocá-lo por uma identidade mais aceitável no piscar dos olhos”, disse Tyagi durante o encontro anual do Royal College of Psychiatrists, uma das principais agremiações de psiquiatras do Reino Unido e da Irlanda.

O psiquiatra destaca ainda que as pessoas que se acostumam com o ritmo rápido dos sites de relacionamento podem achar a vida real “chata e pouco estimulante”, o que poderia causar problemas de comportamento.

“É possível que os jovens que não conhecem o mundo sem as sociedades virtuais dêem menos valor às suas identidades reais e, por isso, podem estar em risco na sua vida real, talvez mais vulneráveis ao comportamento impulsivo ou até mesmo o suicídio”, disse.

Segundo o professor, além dos sites de relacionamento, as salas de bate papo virtuais também podem influenciar problemas de comportamento como a timidez.

Ele destaca que o anonimato e a falta de experiência sensorial das conversas nestes ambientes virtuais poderia mudar a percepção de interatividade e criar uma visão alterada sobre a natureza dos relacionamentos.

“A nova geração, que cresceu em paralelo ao avanço da internet, está atribuindo um valor completamente diferente para as relações e amizades, algo que estamos fracassando em observar”, afirmou Tyagi.

 

Referência: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,geracao-orkut-corre-risco-de-crise-de-identidade-diz-psiquiatra,200500,0.htm

 

Mais alguns estudos

"A Internet foi apropriada pela prática social, em toda a sua diversidade, embora essa apropriação tenha efeitos específicos sobre a própria prática social, como discutirei abaixo. A representação de papéis e a construção de identidade como base da interação on-line representam uma proporção minúscula da sociabilidade baseada na Internet, e esse tipo de prática parece estar fortemente concentrado entre adolescentes. De fato, são os adolescentes que estão no processo de descobrir sua identidade, de fazer experiências com ela, de descobrir quem realmente são ou gostariam de ser, oferecendo assim um fascinante campo de pesquisa para a compreensão da construção e da experimentação da identidade. No entanto, a proliferação de estudos sobre esse assunto distorceu a percepção pública da prática social da Internet, mostrando-a como o terreno privilegiado para as fantasias pessoais. O mais das vezes, ela não é isso. É uma extensão da vida como ela é, em todas as suas dimensões e sob todas as suas modalidades. Ademais, mesmo na representação de papéis e nas salas informais de chat, vidas reais (inclusive vidas reais on-line) parecem moldar a interação on-line. Assim, Sherry Turkle, a pioneira dos estudos de construção de identidade na Internet, conclui seu estudo clássico observando que 'a noção do real resiste. As pessoas que vivem vidas paralelas na tela são, não obstante, limitadas pelos desejos, a dor e a mortalidade de suas pessoas físicas. As comunidades virtuais oferecem um novo contexto alegórico em que se pensar sobre a identidade humana na era da Internet' (Turkle, 1995, p.267). De maneira semelhante, Nancy Baym, estudando o comportamento de comunidades on-line com base em seu estudo etnográfico dos r.a.t.s. (um news group que discutia telenovelas), declara que 'a realidade parece ser que muitos, provavelmente a maioria, dos usuários sociais da comunicação mediada por computador criam personalidades on-line compatíveis com suas identidades off-line' (Baym, 1998, p.55). Em suma, a representação de papéis é uma experiência social válida, mas não constitui uma proporção significativa da interação social na Internet hoje. " (pág. 100)

 

Referência: CASTELLS, Manuel. A Galáxia da Internet: reflexões dobre a Internet, os negócios e a sociedade.Traduzido por Maria Luiza X. De A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. Tradução de:  The Internet Galaxy. 

 

 

 

O perigo da pedofilia online

 

 

A pedofilia online representa uma ameaça enorme no Brasil. Exemplo disso foi a operação Azahar, conduzida pelo Ministério do Interior da Espanha em fevereiro passado. Entre os 19 países em que a ação foi conduzida, a Polícia Federal brasileira foi o responsável por 34 entre as 108 prisões efetuadas no mundo todo. Na Espanha, segunda colocada da operação, foram enquadrados 24 suspeitos.

Entre 2001 e 2004, os registros de pedofilia online cresceram 300% na internet, de acordo com dados da empresa de segurança Panda. Nos três anos do estudo, o grupo responsável pela medição registrou 28.900 reclamações de pedofilia e identificou nada menos que 1.900 comunidades online sobre o assunto.

Os números específicos para Brasil não passam longe. Entre janeiro e março deste ano, o siteCensura.com.br recebeu 720 denúncias anônimas sobre material inapropriado na web. Desse total, nada menos que 548 eram comunidades criadas por brasileiros na popular rede social Orkut, do Google.

“Percebemos um aumento enorme de casos no Orkut, que envolvem também outros perigos, como drogas e prostituição”, relata Anderson Miranda, responsável pelo site Censura.com.br há sete anos.

Soma-se à pedofilia o acesso a conteúdo que envolve entorpecentes, incitamento ao ódio, armas, violência extrema, desvios de condutas gerais, e novas ameaças, como o cyberbulling, em que jovens são oprimidos e humilhados por sites ou mensageiros instantâneos. A mistura de todos os fatores pode ser complexo demais para a falta de discernimento infantil. 

 

Referência: http://idgnow.uol.com.br/internet/2006/03/28/idgnoticia.2006-03-28.7130493687/IDGNoticiaPrint_view/

 

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RELAÇÕES VIRTUAIS:

 

Pontos de Vista Positivos

 

 

       

A internet é uma janela aberta para o mundo. Sem sair de casa é possível descobrir tudo que envolve a vida.

 

        Segundo Marshall McLuhan toda tecnologia é criada pelo homem como uma extensão de si mesmo. Ou seja, cada tecnologia aumenta de alguma maneira uma capacidade humana. Assim, a roda amplia nossa capacidade de locomoção, a escrita amplia nossa capacidade de memória, etc.

 

        A internet e seus recursos, suas ferramentas, facilitam e integram o nosso dia-a-dia.

 

        A convergência das mídias para a internet faz com que tudo seja buscado nos computadores.

 

       Apesar de ser um tema muito recente e existir poucos estudos a respeito e, contudo haver muitas dúvidas, existe uma certeza, não temos mais como mudar e retroceder. Evoluímos. É a sistemática da vida. Viver e aprender e, aprender a viver. Cada um a seu tempo, a seu modo.

 

      Na adolescência não é diferente e rapidamente é incorporada tais relações virtuais ao seu cotidiano. É uma fase de anseios, de necessidades. São grandes e profundas as descobertas. Uma época que mexe muito com o corpo. O corpo se transforma de uma hora para outra. O corpo mexe com o emocional. A mente muitas vezes não está preparada para acompanhar e apresenta muitas dificuldades. E é nesse sentido que a internet entra na vida dos adolescentes como um fator positivo.

 

      Em relacionamentos virtuais, não é necessária a exposição corporal. Não há do que se esconder e pode-se esconder o que não quer mostrar. Ou até mesmo inventar.

 

      O mundo virtual é uma ferramenta do mundo atual que se incorporou na vida do adolescente. Chats e sites de relacionamentos tornam o que é fisicamente distante, próximo, como lugares e pessoas de outras partes do mundo. É um meio efetivo de encontrarmos informações imediatas. Um meio de interlocução com o mundo.

 

       Adolescentes acessam diariamente a internet com os mais variados interesses e necessidades, uma vez que ela acabou se tornando a intermediária de relações pessoais e comerciais. Sendo utilizada para obter informação com muito apreço, notadamente se configura em uma ferramenta de rápida resposta. Seja ela conduzida com vistas a pesquisas, estudos ou conversa entre amigos.

 

       Com a internet o que se nota é um estimulo maior e eficaz a leitura. A conexão exige passos através da leitura criando assim um novo hábito e acabamos lendo de tudo, mas lemos.

 

       Com E-mails acontecem trocas de correspondências, que auxiliam tal troca, e de maneira econômica nos comunicamos.

 

       Nos sites de relacionamentos, mesmo que virtual, o adolescente possui mais essa possibilidade de fazer novos amigos  

 

       Através dos blogs sobre qualquer assunto há a possibilidade de confrontar as opiniões com os outros.

 

       Entretanto, deve-se agir com prudência e se ter ciência que com o avanço entramos em outros mundos e que outros mundos agora, conectados, fazem parte do nosso. E, assim como pode ser um facilitador, pode ocasionar preocupações.

 

       A melhor forma de minimizarmos os eventuais riscos é pela conscientização de um povo, que se educa, que precisa ser educado a não estar exposto a perigos reais e não meramente virtuais. Devemos estar preparados a cada vez mais a esse jogo da vida. Há um tempo, o acesso a qualquer tipo de assunto era bem mais difícil e, para uns assim como em situações reais, impossível.

 

      Favorável pela comodidade de quem está teoricamente dentro de casa acaba por desenvolver habilidades e competências de fácil acesso. Tornando assim, pais ou responsáveis apesar de relacionamentos em sites duvidosos sentirem-se mais seguro pela presença do pupilo perto de si. A violência ronda a qualquer hora em qualquer lugar, por isso o mais tranqüilo, segundo responsáveis, é quando o adolescente está dentro de casa. Apesar de estar envolvido muitas vezes em situações duvidosas. 

 

 

 

                                                                       Julio Almeida

 

 

 

 


 

RELAÇÕES VIRTUAIS:

Pesquisa de Campo

 

 

     Com o intuito de observar uma situação real e deixarmos um pouco de lado as teorias sobre as relações dos adolescentes com a, e na, Internet, montamos um questionário que foi respondido por dois grupos de jovens, um de adolescentes que estão em situação de vulnerabilidade social (grupo A) e outro por garotas da classe média (grupo B).

 

 

     As questões no questionário se restringiam ao uso das tecnologias (sobretudo do computador e da Internet), e de suas participações nos ambientes de convivência existentes na rede.

 

 

No momento em que foram questionados sobre o uso que fazem da Internet, a grande maioria, independente do grupo de origem, colocou que utiliza a Internet para jogar, Orkut e MSN, mas o que diferenciou principalmente os dois grupos foi a utilização da Internet para o estudo pelo grupo B. Outro fato que chamou a atenção foi  que apenas um garoto do grupo A não utiliza a Internet, mas foi possível constatar uma redução de acessos semanais à Internet neste grupo em relação ao grupo B.

 

 

     A utilização do e-mail também foi um assunto abordado nos questionamentos. Nos dois grupos havia jovens que não possuíam e-mail. Cruzando os dados do questionário, foi possível perceber que mesmo estes sem e-mail eram usuários do Orkut, uma comunidade onde é necessário de e-mail para realizar o cadastro. A utilização do e-mail pelo grupo B ocorre de forma muito mais consciente do que o uso no grupo A, neste ele se limita ao cadastro em sites de jogos, Orkut e MSN, enquanto que no primeiro também é utilizado para comunicação com amigos, família e professores.

 

 

     Utilização do Orkut e de outros espaços de relacionamento, ocorre de forma semelhante nos dois grupos: a maioria das famílias dos jovens não sabe que estes mentem a idade para poder se cadastrar. Um fato que se esperava um resultado diferente é a utilização do perfil “fake”. Nós esperávamos um número maior de jovens com um perfil falso na Internet,  mas apenas um jovem admitiu ter.

 

 

Perguntas do Questionário

 

Você é...

Qual a sua idade?

Você utiliza a Internet?

Para quê você utiliza a Internet?

Você tem e-mail?

Para quê você utiliza seu e-mail?

Participa de algum tipo de Site de relacionamentos?

Você informa sua verdadeira idade nos cadastros destes Sites?

Você tem alguma identidade falsa?

Se a resposta anterior foi afirmativa para quê você utiliza esta(s) identidade(s) falsa(s)?

Quantos dias por semana você utiliza computador?

Quanto tempo você passa em frente ao computar por dia em média?

Você deixa de fazer outras coisas para utilizar um computador e/ou navegar na Internet?

Já se prejudicou no colégio ou em outras atividades por causa do uso do computador e da Internet? Descreva a situação.

Você recebe reclamações de seus pais ou de outras pessoas devido ao fato de ficar muito tempo em frente ao computador?

Você considera estar substituindo alguma atividade de sua vida pelo mundo virtual?

Você tem algum relacionamento que é somente virtual?

Você acha que esse tipo de relacionamento é necessário e saudável? Por quê?

Você acha que as tecnologias (computadores/celular/etc.) vieram para auxiliar ou escravizar o ser humano?

 


 

Vídeos Relacionados: 

Vídeo:

"Olhar Digital - Crianças e Internet"

(4'29 - 17 de agosto de 2007)

Descrição no Youtube:

O mundo virtual é cheio de perigos, mas também repleto de informações, lazer e cultura. Confira exemplos de como é possível usar a Web em benefício dos seus filhos e aproveite para conhecer dois sites especialmente desenvolvidos para crianças.

 

Comentário sobre o vídeo:

Este vídeo possui um enfoque na relação da criança com a Internet, mas podemos utilizar as idéias apresentadas nele para pensarmos como o adolescente utiliza e se relaciona na (e com a) Internet. Devemos ter em mente que as crianças de hoje são adolescentes amanhã e adultos na próxima semana, e que os valores e hábitos construidos e aprendidos na infância serão a base para os valores nas etapas seguintes da vida.

 

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GTs relacionados:

- relações do adolescente com a mídia/consumo.TB - Mídia e adolescência

- relações do adolescente com a Internet. TA - Internet e adolescência

 

Comments (5)

Guilherme said

at 4:03 pm on May 4, 2009

Pessoal!
Achei bem interessante o tema de vocês... Sem dúvida, está muito relacionado ao nosso, que é sobre mídia e consumo. A mídia vem contribuindo para as confusões "público x privado" e "real x virtual". Orkut, twitter e cia surgem a partir dessas novas estruturas construídas.
Vemos novos jovens: muito mais tímidos na "realidade" e falando "abertamente" on-line. Fica uma questão: relacionamentos virtuais podem até existir, mas e a continuação da espécie, como fica? (Sei dessa radicalidade, mas cabe a reflexão!).
Grande abraço.

Camila Gottems said

at 9:27 am on May 11, 2009

Oi Pessoal!
Achei muito interessante o trabalho de vocês.
é um tema bem abrangente, acredito que os adolescentes de hoje (a maioria) preferem relacionamentos virtuais do que reais, e acho isso uma situação muito ruim,pois estão deixando de ter o contato real com as pessoas , o convivio com os amigos, com a família, que acredito ser muito importante para a construção da identidade do adolescente.

lisete said

at 7:52 pm on May 17, 2009

Gostei da reportagem sobre o tecnostress. Acho que é isso aí. Os adolescentes não tem paciência para nada, querem que tudo se resolva num piscar de olhos, o que eu acho que compromete a concentração deles. Também acho que o adolescente é o mesmo na vida real ou virtual, e os perigos da da vida real são os mesmos da virtual.

Elisete Blacene said

at 9:57 pm on May 24, 2009

Bem interessante o trabalho de vocês! Acredito que os jovens optam por relacionar-se virtualmente por ser uma forma mais rápida e abrangente de comunicação. A facilidade no acesso torna o uso cômodo, pois não precisam deslocar-se para falar com seus amigos ou familiares, mesmo porque, nem sempre é fácil ir visitar aquele amigo lá em São Paulo, Nova Iorque ou Tóquio.

Temos que lembrar que internet é parte da realidade contemporânea. Assim como a energia elétrica um dia simplesmente não existia, mas é comum hoje e não tem sentido não usufruí-la, diria até que seria burrice. Não significa que não tem os seus perigos, choques elétricos podem vir a matar, incendiar casas, mas tudo isso é de fácil prevenção, principalmente quando isso já é senso comum em nosso cotidiano.

Para os jovens, internet é isso, uma tecnologia a mais somando em suas vidas. Claro, o dia continua tendo as mesmas 24h, então talvez algumas coisas acabem perdendo um pouco do espaço ou mesmo um pouco do antigo status, nem sempre é fácil equilibrar tudo em nossas vidas, a harmonização é um arte que se adquire com o tempo.

nervaln@... said

at 11:39 am on Jun 25, 2009

É apenas mais uma forma entre milhoes de ser.
Tem gente que não gosta de conversas outros passam o dia jogando bola e outros frente ao espelho
Não acho que isso possa ser a causa de uma neura
A doença esta mais em ter medo do mundo por outro trauma ou timidez muito elevada por ter alto estima baixo
mas da mesma forma que existem pessoas que passam 12 horas estudando tem gente que fica 12 horas no computador
Acho Normal

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